Bruno Steinbach Silva

AVISO AOS NAVEGANTES 



Há anos caí fora do "mercado de arte" local, das galerias de João Pessoa e alhures.  Estou fora desse "mercadinho" desde a minha ida para Mossoró-RN em 1994, onde fui muitíssimo bem acolhido pela sociedade local e onde realizei em 1998 um grande evento no museu municipal daquela cidade, que foi a exposição "Nômades Amantes do Tempo" que repercutiu na mídia de todo o Estado do Rio Grande do Norte - tanto que fui convidado pela então p miresidente da Capitania das Artes de Natal, Isaura Amélia Rosado Maia, para levar a exposição para aquela Instituição Cultural. Um grande sucesso, acesso entre os links no final deste texto.

Desde então não trabalho com nenhuma galeria de arte da Paraíba nem de qualquer outro lugar, sempre negociando minhas obras diretamente com colecionadores e recebendo algumas encomendas de retratos. Em 2004, já de volta à João Pessoa-PB, realizei uma grande retrospectiva no Casarão 34 (FUNJOPE - Fundação Cultural de João Pessoa): "Steinbach - 30 Anos de Pintura". Dois anos depois, fui indicado pelo então senador José Maranhão para representar a Paraíba em um grande evento realizado no Salão Negro do Palácio do Congresso Nacional: "Artistas brasileiros 2006", onde cada senador indicou um artista do seu Estado (vale ressaltar que eu não fui pedir nada, fui convidado pela assessoria da esposa do senador, que perguntou-me se eu poderia ser indicado e que todas as despesas com translado da obra e do artista seriam por conta da organização do evento federal - veja o link ao final do texto). Foi um tremendo sucesso com mais de 10 mil visitantes e que ficou marcado na história cultural do Distrito Federal. Em 2008 realizei uma exposição no Casarão dos Azulejos, integrando a programação do governo do Estado da Paraíba em homenagem ao mês da mulher, a mostra "Mulheres em Evidência", com retratos que pintei de mulheres que se sobressaíam no universo sócio-cultural da Paraíba. Participei de mais algumas coletivas em João Pessoa, como a da inauguração da Estação Cabo Branco Ciência e Artes. Em 2010, convidado pelo Sesc, realizei a individual "Parahybavista - Urbe & Orbe", que deu origem ao projeto atual na internet. 


Mas jamais fiz parte do "seleto grupo de artistas da corte" - alguns com muita competência na arte de bajular os donos da cultura oficiosa que sempre correspondem aos "afagos" com generosas encomendas para ornamentação nas edificações de instituições - alguns chegam a ter uma agenda de visitas bajulatórias para adivinhar  as ocasiões de inauguração de um novo prédio ou de uma nova sala aonde poderão colocar uma pintura..  Claro que há alguns muito talentosos nessa panelinha - e toda regra tem exceções, embora pouquíssimas - mas a arte da bajulação vai na frente, como o combustível que alimenta a fogueira das vaidades... Eu nunca tive nem terei essa vocação, por isso meu lugar é em outra tribo, outro país... ou, quem sabe, em outro planeta. Também tive uma vida meio turbulenta, pulei um bocado de fogueiras...  😉. 
Outro motivo que me afastou desse "mercadinho de arte" provinciano é o fato de vez por outra eu saber que alguém colocou uma obra minha em alguma galeria de arte para vender a preços muito abaixo dos que eu cobraria; gente que herdou de alguém que me comprou um quadro nos anos 80 do século passado e que, por algum motivo particular, coloca para vender por "qualquer dinheiro", avacalhando a situação e me criando situações constrangedoras com outros clientes, devido a discrepância entre os valores cobrados por mim e os que eles veem ocasionalmente colocados à venda por terceiros em galerias... Repito: eu não trabalho com as galerias de arte daqui desde 1994 e não tenho nenhum controle sobre as obras de minha autoria que outros colocam para vender.

Pelo exposto acima, entendi há bastante tempo que aqui não há compatibilidade com o modo que trabalho. De tempos em tempos, elaboro um projeto, um tema, preparo as obras e organizo uma exposição - sempre com apoio e patrocínio da iniciativa privada, entre amigos e familiares. Nunca produzi com o apoio de projetos culturais de incentivo à cultura ou coisas do tipo, como a lei Canhoto da Paraíba; jamais fui mamar nas tetas governamentais, apesar de ter todo direito e preencher todos os requisitos. Nem quando tive uma irmã Secretária de Estado da Cultura recebi algum tipo de incentivo ou benefício - e por razões óbvias e pelo caráter de ambos eu jamais faria qualquer pedido desse tipo.

Então, quem quiser ver alguma obra minha é só na internet, pois meu atelier é mais privativo que a batcaverna... Não é uma loja de quadros e gente que eu não conheço eu quero distância - igual a fazenda do Urtigão 😂 

Mas hospedei na "nuvem" centenas de imagens em alta resolução para download gratuito que podem ser impressas por qualquer um, de graça, pois abri mão do copyright delas. É o Projeto Parahybavista: "Gratuito para quem não pode pagar, patrocinado por quem pode doar".

Aqui na caverna sossego é o meu retiro; aqui é a minha fortaleza da tranquilidade - visitas apenas dos passarinhos e das namoradas.
É um isolamento necessário que já dura mais de 3 anos, para colocar em ordem o redemoinho de ideias que giram pelo meu cérebro e começar um novo projeto para uma nova exposição itinerante em Portugal e alhures - que será divulgada pela internet no seu devido tempo... ou não.

😉

Mais informações...

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BRUNO STEINBACH SILVA nasceu no dia 27 de agosto de 1958, na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Neto de Alemães e de Portugueses, filho de pai paraibano (Isaias Silva)e de mãe baiana (Marieta Steinbach Silva), com tempero bem brasileiro. Dedicou-se logo cedo à pintura, como autodidata. Em 1976 realizou sua primeira exposição de pintura, na Galeria Pedro Américo, da Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa-PB). Em 1977 ganha o prêmio de melhor pintura na Coletiva Universitária de Artes Plásticas da Paraíba, no Museu de Arte Moderna de Campina Grande-PB. No mesmo ano, ingressa no curso de Licenciatura Plena em Letras e, posteriormente, no de Bacharelado em Filosofia Plena, ambos na UFPB. 

Em 1978 realiza sua primeira exposição individual na Reitoria da UFPB, com desenhos e gravuras onde a temática social era um claro protesto contra o regime militar da época. 

Em 1998 realizou uma exposição individual de grande repercussão no meio sócio-cultural do Rio Grande do Norte, a Mostra “Nômades Amantes do Tempo” (Pinturas Eróticas), que inaugurou a Galeria de Arte do Museu Municipal de Mossoró. As matérias positivas publicadas nos jornais, quase que diariamente, levaram-no a ser convidado para expor as obras na Capitania das Artes, Fundação Cultural da Prefeitura de Natal.

  Bruno Steinbach. "A Obsessiva Saudade de Hariel". Acrílica/duratex, 136,5x121,5 cm, 1998, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Coleção: Bruna Chaves Steinbach Silva. João Pessoa, Paraíba, Brasil. Catálogo 75.             France, Bruno Steinbach,Vingt-un Rosado Maia e Anabela Rosado Maia, durante a abertura da exposição "Nômades Amantes do Tempo", no Museu Municipal de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. 1998.            Abertura de "Nômades Amantes do Tempo". Fundação Capitania das Artes, 1998, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. O artista com France, professores e a presidenta da fundação, Isaura Amélia Rosado Maia.
       


Em 2002, pinta o retrato do Presidente Epitácio Pessoa, obra inaugurada em sessão solene no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, onde foi instalada. Bruno é convidado a ocupar a tribuna da Casa, onde faz um discurso sobre a vida de Epitácio Pessoa e é aplaudido de pé pelos presentes.

No mesmo ano, pinta o retrato do Deputado José Mariz, para o Plenário do qual é o Patrono.

Em 2004 realiza a exposição retrospectiva “Steinbach 30 anos de Pintura”, com cerca de 50 obras, do primeiro quadro a óleo à atualidade, no Casarão 34, Centro Cultural de João Pessoa. Um sucesso! 
                       

Em junho de 2006 é convidado a participar da Exposição Coletiva de Pintura “Artistas Brasileiros 2006”, mostra organizada pelo Senado Federal, objetivando catalogar e expor os artistas (pintores) mais expressivos da atualidade em seus respectivos Estados. Bruno foi representando a Paraíba. A exposição foi no Salão Negro do Congresso Nacional, com abertura presidida pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros, em solenidade muito prestigiada pela sociedade em geral e pelo corpo diplomático sediado no Distrito Federal. O evento foi um sucesso, com a participação de 60 artistas de todo o Brasil e cerca de 10.000 visitantes. Esse evento abriu-lhe novos horizontes profissionais, tanto no Brasil como no exterior.

   Renan Calheiros com sua Esposa, Maranhão e  Bruno Steinbach, durante a abertura da exposição "Artistas Brasileiros 2006". Brasília - DF, Brasil.   Elza Lopes,Deputado Michel Temer,Bruno Steinbach e Erica Chianca, durante almoço oferecido ao artista no Piantella, após a abertura da exposição "Artistas Brasileiros 2006". Brasília - DF, Brasil.      






Especialista na pintura a óleo/tela, Bruno é um artista estilisticamente nômade, percorrendo todos os lugares que a sua imaginação criadora permite, sempre buscando o aperfeiçoamento e criando novas técnicas, mostrando a beleza do seu requinte profissional, seja nos retratos ou nos quadros sensuais, nas paisagens ou nas naturezas mortas. Seu nome é citado em livros e há inúmeras reportagens sobre sua vida em revistas e jornais do Brasil. Os quadros de Steinbach adornam paredes sofisticadas da Europa, Estados Unidos e Canadá, integrando coleções particulares dos aficcionados da arte.
Hoje reside em João Pessoa, Paraíba, onde possui ateliê de pintura e continua vivendo unicamente de sua arte, que mostra regularmente em viagens pelo Brasil. 

              Entrando de gaiato no desfile de 7 de setembro em Gramame, Paraíba, Brasil. 1964.              


A PRIMEIRA PINTURA
Bruno Steinbach. "Pescador". Óleo/tela, 72x60 cm, 1974, João Pessoa-Pb (Primeira pintura a óleo/tela). 
Coleção: Bruna e Daniel Chaves Steinbach Silva, JPPb.

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BIOGRAFIA
(Extraído do livro NOS CAMINHOS DO VIGÁRIO JOSÉ ANTÔNIO*, História da Paraíba, 256 pgs, 2006, Emmanoel Rocha Carvalho, Editora Universitária / UFPb).

Trineto do vigário *José Antônio Marques da Silva Guimarães, o artista plástico Bruno Steinbach Silva nasceu no dia 27 de agosto de 1958, na cidade de João Pessoa, Pb. Filho de pai paraibano (o médico Isaías Silva, falecido em 1994) e de mãe baiana (Mariêta Steinbach Silva, falecida em 1965), dedicou-se logo cedo à pintura, como autodidata. Em 1976 realizou sua primeira exposição de pintura, na Galeria Pedro Américo, da Universidade Federal da Paraíba (João Pessoa-PB). Em 1977 ganha o prêmio de melhor pintura na Coletiva Universitária de Artes Plásticas da Paraíba, no Museu de Arte Moderna de Campina Grande-PB. No mesmo ano, ingressa no curso de Licenciatura Plena em Letras e, posteriormente, no de Bacharelado em Filosofia Plena, ambos na UFPB.

Em 1978 realiza sua primeira exposição individual na Reitoria da UFPB, com desenhos e gravuras onde a temática social era um claro protesto contra o regime militar da época. Casa-se com Glória Jane Lessa Feitosa, com quem teve uma filha, Juliana Lessa Steinbach (27 anos, pianista clássica, residente em Paris – França). Abandona a Universidade e dedica-se integralmente à pintura. Participa de várias exposições coletivas e Festivais de Arte pelo Brasil.

Em 1981 vai viver com Rosanna Chaves, com quem teve dois filhos: Daniel Chaves Steinbach Silva (22 anos, aluno do curso de Comunicação Social na UFPB) e Bruna Chaves Steinbach Silva (18 anos, aluna do curso de Comunicação Social na UFPB).

Em 1987 conhece Alaíde Maria Fernandes Fonseca (Lala), já falecida, com quem passa a viver maritalmente.

Em 1988 uma tragédia terrível interrompe a sua carreira artística e marca definitivamente sua vida: envolvido em uma briga de bar, na praia de Tambaú, em João Pessoa-Pb, Bruno acaba matando os dois homens com quem brigara, o que o leva a ser condenado a 28 anos de reclusão. Mas continuou se dedicando com muita luta e perseverança à sua pintura. Na cadeia, montou um ateliê onde pintava seus quadros e ministrava cursos para outros apenados.

Em 1992, conhece Franciclare Henrique Bronzeado (France), que passou a comercializar as suas obras e com quem montou uma galeria de arte – Steinbach Galeria de Arte, no Center 3, em Manaíra, João Pessoa-Pb. Não foi um mar de rosas nesse período... Mas, apaixonados, os dois vão morar juntos em Mossoró, Rio Grande do Norte, para onde Bruno conseguiu ser transferido com um regime mais brando, em semiliberdade. Lá, já em regime de liberdade condicional, realizou uma exposição individual de grande repercussão no meio sócio-cultural do Rio Grande do Norte, a Mostra “Nômades Amantes do Tempo” (Pinturas Eróticas), que inaugurou a Galeria de Arte do Museu Municipal de Mossoró. As matérias positivas publicadas nos jornais, quase que diariamente, levaram-no a ser convidado para expor as obras na Capitania das Artes, Fundação Cultural da Prefeitura de Natal. De lá, expôs em Salvador-BA e, finalmente, com a anistia recebida por decreto presidencial, retorna a João Pessoa, totalmente livre, em 2000. Era o fim de um tempo de romance e de atribulações onde até retratos em sepulturas tivera que executar, para enfrentar as dificuldades financeiras impostas pela situação de apenado. Em 2001, France viaja para os Estados Unidos. Bruno não consegue ir (eram muitas as dificuldades depois do “11 de setembro” – 11.09.2001, data da destruição das torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Yorque, pelos terroristas de Osama bin Laden - principalmente para um ex-presidiário). O casal se separa após os 9 anos de aventura em comum.

Em 2002, pinta o retrato do Presidente Epitácio Pessoa, obra inaugurada em sessão solene no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, onde foi instalada. Bruno é convidado a ocupar a tribuna da Casa, onde faz um discurso sobre a vida de Epitácio Pessoa e é aplaudido de pé pelos presentes. No mesmo ano, pinta o retrato do Deputado José Mariz, para o Plenário do qual é o Patrono.

Em 2004, incentivado pelos irmãos e amigos, Bruno realiza a exposição retrospectiva “Steinbach 30 anos de Pintura”, com cerca de 50 obras, do primeiro quadro a óleo à atualidade, no Casarão 34, Centro Cultural de João Pessoa. Um sucesso!

Em junho de 2006 é convidado a participar da Exposição Coletiva de Pintura “Artistas Brasileiros 2006”, mostra organizada pelo Senado Federal, objetivando catalogar e expor os artistas (pintores) mais expressivos da atualidade em seus respectivos Estados. Bruno foi representando a Paraíba. A exposição foi no Salão Negro do Congresso Nacional, com abertura presidida pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros, em solenidade muito prestigiada pela sociedade em geral e pelo corpo diplomático sediado no Distrito Federal. Esse evento abriu-lhe novos horizontes profissionais, tanto no Brasil como no exterior.

Especialista na pintura a óleo/tela, Bruno é um artista estilisticamente nômade, percorrendo todos os lugares que a sua imaginação criadora permite, sempre buscando o aperfeiçoamento e criando novas técnicas, mostrando a beleza do seu requinte profissional, seja nos retratos ou nos quadros sensuais, nas paisagens ou nas naturezas mortas. Seu nome é citado em livros e há inúmeras reportagens sobre sua vida em revistas e jornais do Brasil.

Hoje reside em João Pessoa-Pb, onde possui ateliê de pintura e continua vivendo unicamente de sua arte, que mostra regularmente em viagens pelo Brasil.

PÁGINAS RELACIONADAS


*José Antônio Marques da Silva Guimarães, deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa, sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos, de 1837 a 1885, que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos e uma destacada, diversificada e numerosa descendência na Paraíba e no Rio Grande do Norte (entre eles os governadores João Agripino Maia, Tarcísio Maia, Antônio Marques da Silva Mariz e José Agripino Maia, os deputados José Mariz, Gervásio Maia, os historiadores Celso Mariz e Wilson Seixas, Octávio Mariz - líder da revolução de 1930 na cidade de Sousa como líder radical do Jornal de Sousa, o compositor e cantor José Ramalho Neto - Zé Ramalho), agregando membros das famílias Rocha, Garrido, Sá, Meira de Vasconcelos, Melo, Rangel, Aragão, Pordeus, Rodrigues Seixas e Formiga. Sua vida não apenas marcou época. Ele soube fazer época e obteve da comunidade a aprovação aos seus atos. Se não cumpria fielmente os preceitos da Igreja Católica, no que diz respeito ao celibato, cumpria exemplarmente os demais compromissos, com aguçada inteligência, coragem inabalável e elevada capacidade de trabalho, tudo empregado na defesa do seu extenso domínio paroquial. Por isso era respeitado, ouvido e aclamado, como homem desassombrado, que chegava a levar a mulher e os filhos para as mais concorridas cerimônias religiosas. Conhecido como o vigário casado de Sousa, padre José Antônio exerceu quatro mandatos como deputado provincial, foi fundador e sustentáculo do Partido Liberal em Sousa e primeiro prefeito da cidade, além de presidente da Assembleia Provincial e, nessas circunstâncias, presidente provisório da província.
Isso é que é “escrever certo por linhas tortas”.



  • Parahybavista - Urbe & Orbe. 2010Individual (infogravuras com paisagens da Paraíba). De 15 a 31 de julho de 2010. Área de lazer do SESC/centro. João Pessoa, Paraíba, Brasil. Composta de um álbum de gravuras com paisagens da capital e arredores, sendo a primeira etapa do projeto Parahybavista (em andamento). Agradecimento aos parceiros, em especial a Joaquim Norberto Sales (Panificadoras Bonfim).


PATROCÍNIO: Panificadora Bonfim , o nosso parceiro de sempre.        PATROCÍNIO: Restaurante Gulliver    APOIO: 1ª FROTA RENT A CAR (Socorro Falcão)
APOIO: SESC      APOIO: Soteca       APOIO: CABO BRANCO FM        MOLDURAS: CASA JORGE
                             
  • Mulheres em Evidência. 2008. Uma homenagem à mulher (Individual, pinturas de retratos de mulheres influentes e de destaque em diversos segmentos da sociedade paraibana). Organizada pelo Governo da Paraíba, através da Sub-secretaria de Cultura, com produção de  Rosanna Chaves,  em   reverência ao  chamado Mês da  Mulher. A exposição faz parte do “Projeto Cultura no Centro”, que realiza anualmente eventos  culturais  no  centro  histórico  da  cidade. De 06 a 30 de março, Casarão dos Azulejos, sala Tomás Santa Roza, João Pessoa, Paraíba.
  • Artistas Brasileiros 2006. Mostra organizada pelo Senado Federal, objetivando catalogar e expor os artistas (pintores) mais expressivos da atualidade em seus respectivos Estados. Eu fui representando a Paraíba. A exposição foi no Salão Negro do Palácio do Congresso Nacional (Brasília - DF), com abertura presidida pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros, em solenidade muito prestigiada pela sociedade em geral e pelo corpo diplomático sediado no Distrito Federal. O evento foi um sucesso, com a participação de 60 artistas de todo o Brasil e cerca de 10.000 visitantes. "Jamais esquecerei a maneira digna e carinhosa com que fui tratado por todos no Congresso Nacional. Em um difícil momento de recomeço, foi um aval de peso para a minha retomada do meu lugar ao sol... " Um agradecimento especial a Érica e José William Chianca, pelas imagens e pelo apoio.
  • Retrospectiva "Steinbach - 30 Anos de Pintura". 2004(pinturas e gravuras). Salão Pedro Américo, Casarão 34 - Fundação Cultural de João Pessoa - FUNJOPE, João Pessoa,  Paraíba,  Brasil. Pinturas, retratos e gravuras, desde o primeiro quadro até os trabalhos recentes. Após tantos anos ausente, um doce e vitorioso regresso, com sabor de sucesso! Minha gratidão  aos meus familiares e amigos - pelo apoio e divulgação. Agradecimento especial ao meu irmão Eduardo Machado Silva (produtor executivo e patrocinador do projeto - aqui nenhum centavo veio de dinheiro público) e aos colecionadores, que prontamente emprestaram as obras para a exposição.
  • Nômades Amantes do Tempo. 1998. Individual (Pinturas),1998, no Museu Municipal de Mossoró -Museu Municipal Jornalista Lauro da Escóssia, e na Fundação Cultural Capitania das Artes, respectivamente em Mossoró e em Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. "Duas exposições importantes para o meu recomeço da carreira e da vida. Minha eterna gratidão a todas as pessoas generosas de Mossoró, pelo voto de confiança, pelo estímulo e pelo indispensável apoio que me foram dados de maneira tão dignamente incondicional, ao me aceitarem e me adotarem como filho da terra, durante os anos em que lá vivi, mesmo cientes da situação de apenado em que me encontrava. É para essas maravilhosas criaturas que dedico esta página, que somente está sendo elaborada agora por conta da sua enorme generosidade naquela época - agradecimento muitíssimo especial para France..."
O MERCADOR DE ILUSÕES

Mercador de ilusões,
sorvendo cores e aspirando ideias, orvalhando emoção.
Atrevido artista nômade, encantado pela musa linda e querida...
Pescador de sonhos e visões,
navegando na fantástica e invisível arca da inspiração.
Alegre caçador de fantasias, vivendo o amor e comendo a vida ...


ANTEPASSADOS

Sei de onde vim, estou aprendendo o que sou e sei para onde vou!

Ancestrais paternos:

1- Do ramo do meu avô paterno (Basílio Pordeus Pedrosa e Silva):
Sou trineto do  Coronel José Pordeus Rodrigues Seixas (casado com Rosa Ursulina), o patriarca fundador da fazenda Umarí; sou bisneto de
José da Silva Mendes Pedrosa e Maria Joaquina da Natividade Seixas; sou neto de Basílio Pordeus Pedrosa e Silva e Joana (Geni) Marques Rocha e Silva.

2- Do ramo da minha avó paterna (Joana (Geni) Marques Rocha e Silva):

Sou trineto do Padre José Antônio Marques da Silva Guimarães o Vigário casado de Sousa, como era conhecido na região), deputado provincial por quatro mandatos e vigário da cidade de Sousa , sertão da Paraíba, por quarenta e oito anos, que, sem abdicar de suas funções sacerdotais, desposou Maria da Conceição Gomes Mariz, em 1838, de cuja união nasceram catorze filhos); sou bisneto de Luiz Ferreira Rocha e Joanna Marques Guimarães Rocha (filha do vigário casado de Sousa, José Antônio Marques da Silva Guimarães e de Maria da Conceição Gomes Mariz); sou neto de Joana (Geni) Marques Rocha e Silva, casada com Basílio Pordeus Pedrosa e Silva.

Ancestrais maternos

1- Do ramo do meu avô materno:
Meu avô materno Walder Julius Cézar Steinbach veio para o Brasil no final do século XIX, especificamente para a Bahia, onde instalou-se nas redondezas de em Feira de Santana e montou um comércio de exportação de fumo para a Europa da Fábrica de charutos, cigarrilhas e fumo para cachimbos Suerdieck, uma empresa instalada no Recôncavo baiano no final do século XIX, se tornando a principal atividade econômica da região e geração de emprego da época.
Apesar de inúmeras tentativas não consegui rastrear os seus antepassados, talvez devido a ampla destruição dos arquivos durante as duas guerras mundiais. Mas há dezenas de cidades e centenas de vilarejos na Alemanha com o nome Steinbach (há também uma cidade com esse nome no Canadá na província de Manitoba perto da fronteira com os Estados Unidos fundada por alemães da família Steinbach e que também assim é chamada; é uma cidade de pequeno porte, mas onde tem a faculdade considerada a melhor do Canadá e a cidade tem o melhor padrão de vida de lá.
Casou-se com a minha avó baiana Elvira Ferreira Steinbach e depois mudaram-se para Salvador - onde nasceu a minha mãe.

2- Do ramo da minha avó materna (Elvira Carneiro Fontes Ferreira - nome quando solteira):

Sou trineto do Tenente-Coronel da Guarda Imperial Manoel Ferreira da Silva e Luiza Maria da Encarnação Ferreira da Silva Carneiro, (descendentes do Alferes português Antonio Carneiro da Silva, natural do Porto, Portugal. Casou- se com Anna Maria da Silva filha de um comandante de uma esquadra exploradora chamado Bernardo da Silva considerado o fundador da cidade de Serrinha. Faziam parte de uma poderosa aristocracia rural), bisneto de Dr Quintino Ferreira da Silva e Maria José Fontes Ferreira da Silva (os pais de vovó Elvira Ferreira Steinbach).

Finalmente, sou filho de um paraibano e de uma baiana:
O médico Isaias Silva 

 Toda essa mistura genética e esse verdadeiro pirão geográfico e cultural me tornaram um artista estilisticamente nômade, a vagar pelos próprios caminhos e veredas, na solitária e abnegada busca da sua identidade enquanto ser humano e artista , sem desprezar os valores da sua terra e da sua gente, contudo jamais se deixando apanhar pela ardilosa tentação dos regionalismos ingênuos e estereotipados que tantos limites e fronteiras nos impõem, pois, mais que paraibano ou nordestino ou brasileiro, sou apenas um terráqueo com as raízes aéreas se espalhando e se nutrindo por toda a Terra.

   Como um alquimista, aprendi a enfrentar as adversidades, vencê-las e transformá-las em energia estimulante para novos desafios. Como um xamã, é na pintura e na “boêmia” que encontro a matéria prima que me possibilita essa fascinante aventura, entre a agonia e o êxtase, um cigano amante do tempo em alucinante viagem rumo ao conhecimento e a excelência, como meio de transmitir de forma simples, honesta e duradoura aquilo que realmente importa na vida - a emoção, o amor.

   Fiel a minha própria verdade, nunca me preocupei com tendências estéticas da hora, com as suas “panelas” repletas de elucubrações inócuas e abstratas, seguidas de polêmicas discussões que se prolongam até o inferno esfriar, quando e onde a vaidade e a arrogância se escondem disfarçadas em supostas ideias originais. Refugiei-me em minha caverna, longe desses quixotescos e às vezes dantescos revolucionários e de seus discursos; Troquei a conversa fiada pela atitude, o verbo pela imagem.

   A internet possibilitou-me a estreia no mundo virtual como um artista sonhador e solitário na sua arte, soltando "esse grito que é a revelação desse infinito que trago encarcerado em minh'alma"... Sim, estou muito feliz por saber que o que pinto e escrevo está sendo visto por pessoas do mundo inteiro. Satisfeito pelo êxito dessa jornada, chegando até o centro do objetivo de toda essa trajetória: o seu coração! E isso me estimula e me impulsiona para o alto, acima do muro erguido pelo mesquinho establishement e pelos seus hipócritas servos, transgredindo suas normas de invisibilidade mas me mantendo com os pés no chão. A isso eu chamo de crescimento, de superação...

   A arte é a materialização do mundo espiritual, o artista o seu alquimista. É assim desde os tempos primevos, com os xamãs artistas em suas cavernas, intérpretes e mensageiros do Divino. A Arte está acima do humano, do material, do mero objeto de manipulações. Portanto, a opinião “responsável” da crítica e o apoio "oficial" não me interessam…

  Dessa "Torre de Babel" em que se transformou o mercado de arte e dessa "crítica" eu quero distância. Sempre fui independente, eu mesmo divulgo e vendo o que pinto, sem intermediários e sem precisar da aprovação de nenhum "curador" pedante. Pinto o que quero, quando quero e para quem eu quero. Tenho um público de amigos fiéis que sempre patrocinam os meus projetos, o que me permite viver modesta e decentemente sem necessitar estar "passando o bajulador chapéu" pelas instituições do governo, pois não tenho a menor vocação para "bobo da corte"... O que quero é ver alguém ardendo no fogo que eu próprio ateei! 
   As obras criadas por mim, ou através de mim, não são objetos de decoração. Tampouco dependem de complicados conceitos para serem captadas pelos sentidos do observador. O que pinto são emoções materializadas em imagens duradouras para serem guardadas, muito bem guardadas, na memória e no coração das pessoas.
Pessoas como você, que está aqui agora!

Bruno Steinbach Silva, Cabo Branco, Paraíba, Brasil.

MINHAS HISTÓRIAS 
(atualizado em 06 de setembro de 2021)


Perdi a minha mãe com 6 anos de idade, quase 7. Um dia, com 16 anos, apesar de nunca ter sido reprovado na escola, não me enquadrava na rígida disciplina do velho Isaias, meu pai... me revoltei e fui morar escondido numa boate próxima de onde veraneávamos e que os empregados eram meus amigos. Nunca comi tanto camarão à romana, arroz à grega, purê e batatas fritas - as sobras das mesas - como nessa época... (tudo devidamente "reciclado" pelo cozinheiro chefe Zé e acompanhados por Campari ou "Hi-Fi"). Mas tinha que esperar a boate fechar para poder comer e dormir - e "dar no pé logo cedo". Era no antigo "Marisco", à beira-mar da praia do Cabo Branco. 
Não reclamei...

Dias depois, informada pelo porteiro do edifício, a família descobriu onde eu estava e me colocou para morar com minha irmã mais velha, onde fui muito bem recebido...
Eram os anos de chumbo da ditadura cívico-militar, mas não me atingiram diretamente pois a família era influente. Mas convivi com artistas e intelectuais o suficiente para saber dos absurdos que eram cometidos pelo regime. 
Protestei, mas não reclamei...

Aos 17 anos de idade, já havia feito o exame vestibular e fui dispensado do serviço militar (NPOR) por excesso de contingente; em 1976 o serviço militar era obrigatório e muito rigoroso. Orientado por um sargento amigo que entendeu os meus motivos para não querer servir ao exército à época, depois de muita insistência minha para encontrar uma maneira de escapar da desagradável "missão", fui encaminhado com a sua ajuda para fazer os exames para o NPOR - pois preenchia os requisitos para aspirante a oficial (fiz o primeiro vestibular com 17 anos de idade). Ele me disse que eu deveria ser reprovado na prova escrita de conhecimentos gerais... nesse meio tempo, a tropa de recrutas "zero" (soldados rasos) já estaria formada e eu seria então dispensado por excesso de contingente. Assim eu procedi: fui aprovado nos rigorosos testes de aptidão física, no psicotécnico (incluindo questões de geometria espacial) mas propositadamente fiz uma péssima prova de conhecimentos gerais (o que gerou um comentário maldoso de um capitão, ironizando sobre o fato de ser aprovado no vestibular e cometer erros tão crassos nas provas dali), sendo enfim dispensado por excesso de contingente, pois a "tropa" de recrutas já estava selecionada (cronogramas diferentes) como me dissera o sargento - e assim, com esse estratagema, escapei de virar milico de ditadura.
Comecei a trabalhar como vendedor de seguros sem vínculo empregatício, por comissão. Foi quando me envolvi "com gente que não presta" - segundo eles - e deu problema; um irmão pegou uns baseados de maconha na minha pasta que usava no trabalho como vendedor de seguros... Quase me crucificaram, mandaram que eu saísse do emprego, foram lá, um ba-fá-fá da moléstia... mas não reclamei...

Aí, de um pinote, resolvi morar numa pensão. Morando só e trabalhando - dava aulas de Educação Artística em dois colégios (à época não existia o curso universitário da disciplina e qualquer artista podia dar essas aulas. Como era menor de idade, era uma coisa meio informal - vendia apostilas para os alunos, rodadas em mimiógrafos, nos horários vagos, com autorização da generosíssima diretora, pois não podia receber salário que o colégio era Estadual e eu não tinha idade nem vínculo - enquanto aguardávamos autorização do governo, que não veio e tive que deixar o "emprego"). Também trabalhava como "boy" na clínica de um irmão médico (aí já tinha 18 anos e carteira profissional assinada). E ainda estudava na UFPB, no curso de Licenciatura Plena em Letras. Com apenas 19 anos terminei casando - a maior merda que fiz, pois abri mão de uma bolsa em Connecticut (USA) para ficar aqui e casar. Passei em um concurso público e fui trabalhar no Conselho Estadual de Cultura, como bibliotecário - ou assessor de pôrra nenhuma. O casamento durou pouco, não deu certo, apesar da maravilha de filha que brotou dessa besteira. Abandonei a merda de emprego e estava vivendo apenas de pintura e a coisa não foi fácil: era como vender capim pra macaco e banana pra burro. A mulher foi embora para a França e eu comi tudo que era mulher que aparecia na minha frente. Casei novamente várias vezes, tive outros filhos, enviuvei... ganhei dinheiro e aproveitei a vida que a minha juventude me proporcionava. Não reclamei...


  Preso em flagrante, fui solto no mesmo dia por "habeas corpus" e fiquei respondendo um tumultuado processo - atacado diariamente por matérias pagas nos veículos de informação locais, o que motivou a decretação da minha prisão preventiva. Dei nos calos e passei 8 meses escondido numa praia quase deserta do Rio Grande do Norte e depois numa fazenda perto de Campina Grande... até a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba me conceder um "Habeas Corpus" preventivo, quando então me apresentei para responder pelos meus atos. Poderia ter ido embora para a Alemanha, no período em que estive "na sombra" - lá eu estaria seguro legalmente e jamais seria extraditado, pois meu avô materno era alemão; mas, em comum acordo com a minha família - que me garantiu segurança em caso de prisão e a defesa legal, resolvi enfrentar a situação. Na segunda audiência fui enviado por um juiz auxiliar para a prisão, contrariando o habeas corpus preventivo concedido pelos desembargadores, antes do julgamento, sob a alegação de "comoção pública", pois havia à época uma "cruzada contra a violência", movimento de familiares e abelhudos para desengavetar processos criminais - cujos alvos "reais" eram outros criminosos, ricos e influentes... mas eu fui um bom "bode expiatório" (os outros nunca foram nem a julgamento, até hoje). Em 1989 fui a juri popular e condenado a 28 anos de prisão, pois a tese da legítima defesa não fora considerada no único juri a que fui submetido, quando deveria ter ido a novo julgamento - mas já estava condenado pela mídia venal.
https://brunosteinbachbiografia.blogspot.com/..
E ainda assim não reclamei...

Lutei pelos meus direitos e consegui cumprir a pena sendo respeitado por presos e carcereiros. Nunca sofri abusos nem maus tratos, além dos usuais: péssimas instalações, superpopulação carcerária, convivência forçada com vizinhos da pior espécie e um serviço de saúde e alimentação péssimos... a que sobrevivi com o mínimo de dignidade, trabalhando e colocando presos para trabalharem em um atelier que montei com recursos de amigos (nada do Estado nem da "Justiça", que só colocavam dificuldades, chamando de mordomia, pois tinha geladeira, televisão, "morava" só e minha comida vinha de fora, trazida pela companheira na época, todos os dias... uma heroína). Mas errei... tinha que pagar pelo erro.
Então não reclamei...

Cumpri parte da pena em regime fechado no Presídio do Róger, sendo 6 meses no Presídio de Segurança Máxima como castigo por fazer críticas à Vara das Execuções penais e ao sistema penitenciário, aqui em João Pessoa-PB. Então consegui, com muito esforço, a progressão para o regime semi-aberto e a transferência para o presídio agrícola de Mossoró-RN, conseguindo o trabalho externo no meu atelier e o livramento condicional. Naquela cidade, fui tratado com respeito e carinho por todos com quem convivi: autoridades, parentes, jornalistas e amigos - que me ajudaram a fazer uma grande exposição no Museu Municipal de Mossoró e depois na Capitania das Artes, em Natal (Nômades Amantes do Tempo, clica no link: https://www.facebook.com/brunosteinbachsilva/media_set...). Em 2000 me foi concedido pelo juíz competente com o aval favorável do Ministério Público o indulto por cumprimento da pena, baseado em decreto do Presidente Fernando Henrique Cardoso - quase dez anos depois de preso.
Claro que não reclamei...

Aí veio o câncer (castigo, será?). Enfrentei com um Anjo médico amigo e estamos vencendo... e não reclamei...

Aí os anos passaram, envelheci, sem dever nada a ninguém e também sem amealhar nenhuma riqueza material - nada... . Meu único tesouro que consegui foi a memória de uma vida mutíssimo intensa e honesta, filhos e netas maravilhosos e um corpo de obra de mais de 500 pinturas, desenhos e gravuras espalhadas em coleções particulares e em acervos importantes - além de suas imagens estarem disponíveis gratuitamente na internet para qualquer pessoa do mundo inteiro, através dos nossos muitíssimo bem elaborados sítios virtuais. Abaixo, o principal deles, ponto de partida para tudo que fiz em quase meio século de atividade artística, para quem quiser dar uma espiada:
https://brunosteinbach.blogspot.com/
Então, como não estamos no céu, continuei sem reclamar...

Mas agora não dá mais para ficar sem reclamar, diante da ameaça de extinção que todos estamos passíveis com esse bufão desequilibrado entregando de bandeja a Amazônia e o pré-sal para gente muito ruim e gananciosa. Me dá nojo ver esse desgoverno cretino fazer vista grossa para as queimadas na Amazônia e no Pantanal matogrossense,  à serviço dos latifundiários, grandes mineradores, da especulação imobiliária, de interesses econômicos predadores de todo tipo... Ver o Palácio do Planalto ocupado por essa gente hipócrita e inculta, que odeia artistas e cultura, orientada por uma porcaria de guru picareta mau-caráter, apoiada pelo que há de pior e de mais obscurantista na nossa sociedade... é demais! Talvez eu tenha sobrevivido a tudo isso para reclamar desse sacana que os idiotas e os oportunistas colocaram no poder, gente que apoia sua agenda social reacionária: fundamentalistas evangélicos, racistas, homofóbicos e fãs da ditadura. Talvez eu possa juntar a minha pequena voz à de todos os descontentes e quiçá consigamos formar um grande coral contra esses ignóbeis - o que me lembra a fábula do beija-flor tentando apagar o incêndio da floresta carregando gotículas no bico, fazendo a sua parte, enquanto o bicho preguiça zombava...

Agora RECLAMO desse Brasil de idiotas negacionistas dominado por cretinos e liderado por um presidente malvado, tosco, ignorante, hipócrita, sacana, miliciano e mentiroso que desejo com todas as forças que volte para as profundezas do inferno de onde nunca deveria ter saído. Se existe um anticristo, é o capetão Bozo - treinado pelo marqueteiro do diabo chamado "Steve" Bannon e pelo guru de meia-tigela lá da Virgínia. Reclamo desse Brasil que odeia arte e nega a Ciência e a História... desse país de idiotas ignorantes  que a internet deu voz.

Como diz o verso de Augusto dos Anjos:
"Que o meu grito seja a revelação desse infinito que trago encarcerado em minh'alma"




A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE
XAMÃ: PINTURA E FÉ NA CAVERNA!
O QUE FAÇO, COMO FAÇO,ONDE FAÇO...

Imagem: Pintura rupestre na Toca do Boqueirão da Pedra Furada, 
Parque Nacional Serra da Capivara, Piauí, Brasil.

O xamanismo dos caçadores pré-históricos baseava-se na crença de que visões interiormente criadas pelo poder da imaginação e expressas em pinturas rupestres podiam influir sobre o curso dos acontecimentos reais. Sugestionados pelo xamã (em transe autoinduzido) em rituais de dança, pintura e poesia, esses homens primitivos saiam para caçar confiantes no sucesso da jornada, do qual dependia a sobrevivência de toda a tribo.

O xamã representava vividamente a cosmologia da comunidade aos que o rodeavam. Intérprete e mensageiro do divino, esse artista primevo materializava em suas pinturas a sua experiência no mundo espiritual. Com importante papel social, zelava misticamente pela tribo, que retribuía fornecendo-lhe o necessário para que pudesse dedicar-se unicamente à sua arte. O homem atual pode sentir-se humilhado ao contemplar e tentar explicar as precoces realizações desses primeiros artistas da raça humana, capazes de criar em suas cavernas obras magníficas com os mais simples e toscos materiais.

Um belo exemplo deixado por esses seres primitivos, que sabiam valorizar e cuidar tão bem dos seus artistas.

Uma lição que precisa ser apreendida pela sociedade “evoluída” dos dias atuais, que gasta fortunas com pesquisas e publicações acadêmicas sobre arte e esquecem o principal, abandonando-o à própria sorte: O Artista!

COMO FUNCIONA HOJE: PAPOS DE ARANHA NA TORRE DE BABEL.

Infelizmente a nossa sociedade "evoluída" dos dias atuais não apreendeu a lição dada pelos nossos ancestrais das cavernas. Nossos artistas estão cada vez mais sozinhos, mais abandonados. O que existe é muita conversa fiada e projetos que só complicam a vida de quem precisa vender o que produz para sobreviver. 

É o que vejo por aí, com raríssimas exceções, nas instituições públicas de fomento à cultura: Artistas frustados mutando para críticos, burocratas "pedagogos ou "curadores". Então haja projetos e mais projetos, onde a verdadeira intenção é sublimar o autor do projeto (o curador ou burocrata de plantão) em detrimento do verdadeiro autor da obra (o artista). 
Daí a excessiva quantidade de "exposições pedagógicas", mostras "conceituais", sem interesse comercial (como se isso fosse errado), quase sempre coletivas, ou de artistas que "já passaram desta pra melhor", que já morreram; então as luzes da ribalta vão pra quem? Heim? Para um obscuro e pedante curador ou teórico "agitador cultural" que elaborou um projeto e fica com as honrarias e a grana, de preferência acompanhadas de uma tese de doutorado, sonho de consumo de todo aspirante a chato ao quadrado... Para eles quanto mais ininteligível a obra melhor, pois poderão explanar seus conceitos absurdos à vontade e tecer suas teias de elucubrações labirínticas emaranhadas em papos de aranha. E é nessa hora que entram os apadrinhados, carregando e empurrando as suas porcarias goela abaixo dos incautos alunos e frequentadores desavisados (com raras e notórias exceções, repito). E tome salas e equipamentos para explicarem o inexplicável, o ininteligível, muitas vezes quase sem sobrar espaço para o que realmente importa: A verdadeira obra de arte, que "fala" por si só. 

Instituições com estrutura de primeiríssima categoria (falo de equipamentos, não de recursos humanos) que vivem de verbas destinadas à arte mas sequer mostram em seus sites um catálogo virtual dos artistas de seus respectivos Estados! Será incompetência ou sacanagem mesmo? Eu acho que as duas coisas juntas. Em seu mundinho arrogante e mesquinho, esses indivíduos não abrem mão de seu ilusório poder, negando-se então a dar asas próprias aos artistas, a facilitar o acesso do público ao seu trabalho, sem a "orientação" oficial. Então o artista desavisado que procura esses lugares se ferra, sendo manipulado e posto à margem da festa, tratado como um subalterno, muitas vezes sem ter nem o que comer e nem como voltar pra casa - quando tem uma, festa essa que fica "pertencendo" ao curador, que não pinta, não toca, não canta, não f... e nem sai de cima!

Comigo não violão... Eu mesmo organizo minhas exposições, cuido pessoalmente da produção; preciso vender o que faço, pois não mamo em tetas de onde jorram verbas públicas. 
Comigo esse tipo de curador não se cria... não se cura!

ARTE NÃO É MERCADORIA DE PRATELEIRA

Nesse universo da arte existem indivíduos arrogantes o bastante para se acharem com o poder de certificarem o que é bom e o que é ruim no mundo das artes plásticas, chegando ao absurdo de publicarem anualmente livros com a cotação das obras, como se isso fosse um "selo" de qualidade indiscutível, como se tivessem um dom Divino para colocar "códigos de barras" em obras de arte. Eu acredito que eles receberam um dom, mas do diabo. E com esse "dom" fazem as suas oportunistas manipulações estético-financeiras, associados a alguns críticos, galeristas e leiloeiros, todos enriquecendo com os pagamentos que lhes aprazam, seja prestígio, poder ou capital.

E há tolos que embarcam nessa viagem, tanto entre os colecionadores como entre os próprios artistas - muitos deles recorrendo à bajulação para fazerem parte dessas listas fatídicas, dando ainda mais poderes para esses mercenários. Menos eu, pois o que tenho para esse tipo de gente é desprezo...

Arte não é investimento financeiro. Quem quer fazer isso deve comprar terrenos e ouro. A maior prova dessa malvada manipulação de um perverso mercado de arte é a obra de Van Gogh - que nunca conseguiu vender sequer um quadro em vida, quando seus críticos contemporâneos não lhe davam o menor valor, coitado - e hoje enriquece esses aproveitadores. 
Arte não é mercadoria de prateleira!
Arte é um alimento para a alma!

ORA PRO NOBIS

Ao contrário da energia negativa de uma explosão nuclear, que destrói, o artista gera ondas silenciosas de energia positiva, quando manipula matérias ou altera o espaço enquanto cria suas obras, na aparente solidão de sua caverna; é como se orasse por todos nós.

A arte é a materialização do mundo espiritual, o artista o seu alquimista. É assim desde os tempos primevos, com os xamãs artistas em suas cavernas, intérpretes e mensageiros do Divino. A Arte está acima do humano, do material, do mero objeto de manipulações. 

Portanto, a opinião “responsável” da crítica e o apoio "oficial" não me interessam…
Dessa "Torre de Babel" em que se transformou o mercado de arte e dessa "crítica" eu quero distância. Sempre fui independente, eu mesmo divulgo e vendo o que pinto, sem intermediários e sem precisar da aprovação de nenhum "curador" pedante. Pinto o que quero, quando quero e para quem eu quero. Tenho um público de amigos fiéis que sempre patrocinam os meus projetos, o que me permite viver modesta e decentemente sem necessitar estar "passando o bajulador chapéu" pelas instituições do governo, pois não tenho a menor vocação para "bobo da corte"... O que quero é" ver alguém ardendo no fogo que eu próprio ateei"! As obras criadas por mim, ou através de mim, não são objetos de decoração. Tampouco dependem de complicados conceitos para serem captadas pelos sentidos do observador. O que pinto são emoções materializadas em imagens duradouras para serem guardadas, muito bem guardadas, na memória e no coração das pessoas.

Pessoas como você, que está aqui agora!

Bruno Steinbach Silva, Cabo Branco, Paraíba, Brasil.


COMO ME ENCONTRAR

Alguns atalhos para as minhas páginas públicas, onde estão imagens das obras, projetos em andamento, biografia, bastidores do atelier, galeria virtual, blogs...

REFERÊNCIAS

PARAÍBA CRIATIVA
https://www.paraibacriativa.com.br/artista/bruno-steinbach-silva/

ARTIST SITES

WORDPRESS
http://brunosteinbach.wordpress.com/

BLOGGER
https://www.brunosteinbach.blogspot.com/


FACEBOOK


BRUNO STEINBACH (página pública)
http://www.facebook.com/brunosteinbach.pb/

CATÁLOGO DAS OBRAS
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.109206175780662.8274.109186739115939&type=3

OS RETRATOS
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.109281499106463.8297.109186739115939&type=1&l=ed055e0a9a

PROJETO PARAHYBAVISTA
https://www.facebook.com/parahybavista

PARCEIROS PARAHYBAVISTA (PATROCINADORES)
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.469584106409532.107305.109186739115939&type=3

PINTURAS PARAHYBAVISTA (paisagens da Paraíba)
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.977541322268896.1073741830.977441708945524&type=3

GRAVURAS PARAYBAVISTA:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.977538775602484.1073741829.977441708945524&type=1&l=bd7c5e8fed

REPRODUÇÃO EM CANVAS (TELAS)
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.983493865006975.1073741834.977441708945524&type=3

Contato:
brunosteinbachsilva@gmail.com
+55 83 991078562



NORDESTINO SIM SINHÔ! 

 Tenho orgulho de ser paraibano, nordestino e brasileiro! Cabra macho, sim "sinhô"!

De tanto ouvir e ler comentários levianos sobre o nordeste e os nordestinos resolvi publicar este artigo (reproduzido abaixo, extraído de texto de Demétrio Magnoli, com a esperançosa intenção ou ilusão de jogar um pouco de luz na escuridão em que habitam alguns brasileiros racistas, intolerantes, preconceituosos e arrogantes, e, talvez, fazê-los parar – ou ao menos diminuir – a enxurrada de tolices e maldades que despejam sobre nós, “os nordestinos” . Uma sugestão para esses indivíduos: Estudem um pouco de História e Geografia do Brasil, a "básica" mesmo serve, essa que se ensina no curso secundário, para não "forçar" muito seus poucos neurônios. Aprendam com nordestinos de valor, como Epitácio Pessoa ( paraibano, ex-presidente do Brasil), Assis Chateaubriand, conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP- Museu de Arte de São Paulo Assis Chateuabriand - quem diria, fundado e equipado por um "paraíba" - junto com o italiano Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi (o que a ingrata midia "nacional" retribui com descaso e omissão à grandeza de sua terra), o escritor José Lins do Rêgo (paraibano, autor do romance Menino de Engenho), o também paraibano Pedro Américo (o maior pintor brasileiro de todos os tempos), os cearenses José de Alencar e Rachel de Queiroz (Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardeada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira), o natalense Câmara Cascudo ,os pernambucanos João Cabral de Mello Neto, Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, o alagoano Graciliano Ramos, os baianos Jorge Amado e Dorival Caymmi... E tantos e tantos outros nomes de escol, Zé Ramalho, Caetano veloso, Gilberto Gil, Fagner, Luiz Gonzaga... E, pasmem(!), o próprio Presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva! A lista é interminável...Quem sabe, assim, parem de expressar tanta idiotice que na verdade só depõe contra eles mesmos, ao exporem a própria ignorância e atraso espiritual. Afinal, PRECONCEITO é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência.
Mas vamos ao texto de Magnoli:

REGIONALISMO E PRECONCEITO CONTRA O NORDESTINO

Por Demétrio Magnoli
(Do livro: Identidade Nacional em debate, vários autores, Ed. Moderna, pág. 119-125)

1 – O Regionalismo nordestino

O Regionalismo nordestino nasceu e evoluiu como reação à decadência do Nordeste. Do ponto de vista histórico, surgiu no início do século XX, junto com o deslanche da industrialização no sudeste. Do ponto de vista social, configurou-se como atitude política das elites regionais, que jamais se difundiu profundamente entre a população. Do ponto de vista estratégico, caracterizou-se por reivindicar ajuda federal à região, sob a forma de obras públicas ou proteção para empresas e produtos. O seu argumento central sempre foi a pobreza regional, geralmente associada ao fenômeno climático das secas...

O discurso regionalista e as respostas federais pariram o principal mito sobre a pobreza do Nordeste: o mito das secas.
As secas, do ponto de vista meteorológico, não são um mito. O mito consiste na noção de que esse fenômeno natural seja o responsável pelo drama social da população. A artimanha do Regionalismo elitista consistia em esconder as causas sociais da miséria pelo recurso a uma condição climática. ... Dessa forma, as elites econômicas e políticas do nordeste encontraram um álibi para fugir  à própria responsabilidade histórica pela pobreza e, ao mesmo tempo, uma argumentação para o desvio de recursos federais para a realização de obras públicas regionais. Evidentemente, os benefícios trazidos por essas obras jamais chegaram à maioria da população nordestina, tornando-se fonte de enriquecimento privado das minorias privilegiadas...

Das "obras contra as secas" aos incentivos fiscais: mais de meio século de políticas regionais revelou-se incapaz de transformar o panorama de pobreza do Nordeste. Mas o discurso regionalista das elites continua em funcionamento, operando sempre o velho argumento do "bolsão de pobreza". Essa noção – de que o Nordeste é um "outro país", a Índia confrontada com a Bélgica, o lado esquecido do Brasil – camufla o abismo social que separa as elites nordestinas da população regional. A palavra Nordeste, uma noção espacial que se pode desenhar sobre o mapa, serve como esconderijo para as elites regionais, que se apresentam como representantes dos miseráveis e dos excluídos.

2 – A Bósnia não é aqui

O Regionalismo nordestino desenvolveu-se sobre o paradoxo de ser um discurso elitista cujo argumento central sempre foi a pobreza. Esse paradoxo contribuiu para o surgimento e a difusão de um outro discurso: o do preconceito antinordestino.
O preconceito antinordestino existe desde os tempos antigos, como expressão do racismo. A participação majoritária dos negros e mulatos na população do Nordeste, que contrasta com a hegemonia dos brancos no Sudeste e, em proporção maior, no Sul, reflete a história da escravidão e da imigração européia no Brasil. Aí se encontram os fundamentos do preconceito tradicional antinordestino....Porém, o preconceito antinordestino atualizou-se aproveitando o próprio Regionalismo das elites do Nordeste. No Sudeste, difusamente, desenvolveram-se atitudes preconceituosas contra os migrantes provenientes dos estados nordestinos. A atitude preconceituosa enxergou nos fluxos de nordestinos o espectro da invasão da pobreza, em vez de enxergar o papel desempenhado pela mão-de-obra migrante no crescimento econômico do Sudeste. Desde a década de 1970, diversas prefeituras do interior paulista passaram a recolher, nas estações rodoviárias, os migrantes recém-chegados, colocando-os em ônibus e despejando-os em cidades vizinhas. Em 1990, chegou a tramitar na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei destinado a impedir o uso de serviços e equipamentos municipais por migrantes com menos de dois anos de trabalho e residência comprovados na cidade. (Observação: este projeto teve como autor o ainda vereador municipal Bruno Feder, atualmente do PPS, partido do ex-prefeito Paulo Maluf).

No Sul do país, na última década, o preconceito antinordestino assumiu a forma virulenta do separatismo. Os movimentos separatistas sulistas, em geral baseados no Rio Grande Do Sul, chegaram a formular a reivindicação da Independência: República dos Pampas....
O preconceito antinordestino enxerga no migrante o pobre. O separatismo sulista encara o nordestino como diferente. Os separatistas postulam a existência de diferentes grupos étnicos ou culturais no Brasil... A população do Sul, segundo essa visão, teria origens enraizadas na imigração branca e européia, distinguindo-se dessa forma da população do restante do país. Falsamente, apregoa-se a existência de diferenças étnicas no interior da população brasileira. A armadilha vai mais longe, associando nível de vida e origem populacional: o imigrante europeu aparece como a fonte do trabalho e da riqueza, o nordestino como a fonte da preguiça e da pobreza.

O preconceito antinordestino e o separatismo sulista constituem formas de mascarar a pobreza e a miséria, que estão em todas as regiões. Os contrastes sociais intensos, presentes nas metrópoles do Sudeste, são apresentados como fruto das migrações inter-regionais, não como reflexo das estruturas socioeconômicas perversas características de todo o país. A pobreza sulista – que transparece no fluxo migratório de gaúchos, paranaenses e catarinenses rumo à Amazônia, e também nas favelas e periferias miseráveis das cidades grandes e médias da região – é obscurecida por um discurso que nega o óbvio: a "Índia", está em todos os lugares, e até no Nordeste existem algumas "Bélgicas"...

A Bósnia não é aqui. Lá, uma história muito antiga produziu divisões étnicas, culturais e religiosas que cindiram a população bem antes da formação do Estado iugoslavo. Aqui, uma história muito mais recente misturou populações de origem diversa em um único conjunto nacional. No Brasil, as diferenças regionais (e estaduais, e locais... ) não são diferenças étnicas, mas apenas expressões dos ambientes diversos nos quais se processou a história da nossa sociedade. Nordestinos, sulistas, paulistas, cariocas: essas denominações refletem realidades geográficas, não identidades étnicas. Talvez, por isso, o separatismo sulista não tenha, até hoje, conseguido atear fogo na imaginação popular. 

Ainda bem.

A MINHA CIDADE

Bem-vindo à JOÃO PESSOA, Capital do Estado da Paraíba.
Onde o sol brilha primeiro!
"Cabo Branco, Opus II". Bruno Steinbach, infogravura/papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2008.
Cidade histórica fundada em 05 de agosto de 1585,  com a criação do Forte do Varadouro às margens do Rio Sanhauá, João Pessoa se encontra entre os mangues que margeiam este afluente do rio Paraíba e o mar. Seu centro histórico é marcado pela acentuada integração com o meio ambiente, em local de privilegiados atributos naturais: relevo suave, clima tropical e vegetação exuberante – onde se revela a alternância entre manguezais e coqueirais, com florestas de mata atlântica. João Pessoa possui aproximadamente 600 mil habitantes. Possui muitos atrativos turísticos, como as praias, parques urbanos, construções históricas, museus, galerias de arte… Celeiro de artistas e dona de um rico artesanato, é uma cidade verde, que está entre as mais arborizadas do mundo. Já foi domínio de indios potiguares e colonizadores franceses, holandeses e portugueses no passado, tendo sido chamada de Nossa Senhora das Neves, Filipéia, Frederikstadt e Parahyba. Visite a página...

Em junho de 2006 Bruno Steinbach é convidado pelo Senador José Targino Maranhão para participar da exposição coletiva de pintura “Artistas Brasileiros 2006”, mostra organizada pelo Senado Federal, objetivando catalogar e expor os artistas (pintores) mais expressivos da atualidade em seus respectivos Estados.

Bruno foi representando a Paraíba. A exposição foi no Salão Negro do Congresso Nacional, com abertura presidida pelo Presidente do Senado, Renan Calheiros, em solenidade muito prestigiada pela sociedade em geral e pelo corpo diplomático sediado no Distrito Federal.

O evento foi um sucesso, com a participação de 60 artistas de todo o Brasil e cerca de 10.000 visitantes.